sábado, 18 de fevereiro de 2012

“Amaciador, hidratante… Brushing, extensões e coloração! Está mesmo a precisar!”

Há coisas na vida que chateiam uma pessoa... Uma delas é o tema deste post: cabeleireiras que impingem tudo e mais alguma coisa para ganharem uns extras na despesa final.

A ideia para este post surgiu na semana passada quando fui a um cabeleireiro no Saldanha cujos preços são mais do que acessíveis: 5€ por corte. Mas este preço é transformado em 9/10€ muito facilmente. Continua bastante barato, é verdade. Mas o que chateia não é gastar os 4 ou 5€ a mais, é a maneira abusiva como os acrescentam à conta, através de extrazinhos desnecessários.

Parto do pressuposto que as pessoas que navegam na internet - tipo tu aí - são seres terrestres que já foram a um cabeleireiro/barbeiro. Sem bases estatísticas, apenas por minha estimativa, arriscar-me-ia a dizer que cerca de 80% das pessoas que já foram a um cabeleireiro, foram vítimas destes ataques, por vezes muito subtis, das cabeleireiras deste país.


Visto que não estamos numa época muito próspera, deixo aqui dois truques essenciais para, quando fores ao cabeleireiro para cortar o cabelo, saíres de lá SÓ com o cabelo cortado e sem gastos para lá dos previstos.

1º Assim que ouvires a palavra creme, diz “Não, obrigada.”. Podem ser cremes de todo o tipo, mas a resposta tem de ser sempre a mesma.

2º Se tiveres lata, diz logo: só trouxe x euros, tem de ser mesmo só corte.

Se fizeres o 2º truque em primeiro lugar, existe 100% de certeza de saíres de lá com os objetivos cumpridos.

Por outro lado, se optares apenas por negar tudo o que “oferecem”, a eficácia já não é 100% garantida. Isto porque nem sempre é possível dizer que não, tendo em conta que poderá não ser feita a pergunta. Na minha opinião, esta forma de serviço é das mais abusivas de sempre: não perguntam o que queremos, apenas aplicam os produtos, obrigando, no final, o consumidor, a pagar por algo que não pediu.

Na semana passada, tive essa experiência. Sem pedir qualquer tipo de creme, aplicaram, durante a lavagem, um condicionante e, durante o corte, um creme hidratante, tendo tido de pagar o valor do corte mais a soma destas “mariquices”.

Neste caso, o 2º truque que há pouco referi, poder-me-ia ter poupado dinheiro para um almoço/jantar, um básico da zara ou uma saída! Gatunos!

As técnicas de manipulação são sempre muito subtis. Começam por nos elogiar o cabelo com os mais pequenos detalhes: "o seu cabelo tem uma cor linda, tem imenso brilho, é tão forte, tem diferentes tonalidades, maravilhoso!". Até podemos ter o cabelo mais feio, baço e fraco do mundo, que elas arranjarão sempre alguma característica positiva para salientar.

E depois de todos estes elogios condicionam as qualidades referidas: “Só é pena ter as pontas muito secas…”. Nesta sequência, agarram numa embalagem de creme e atacam: “Vou lhe aplicar aqui um hidratante nas pontas!”.

Cabeleireira – 1; Cliente – 0

É claro que, neste caso, a culpa também foi da cliente (que, por acaso, até sou eu).

Foi a minha distração que levou à vitória do adversário. Se tivesse mantido uma atitude alerta do início ao fim da prova, teria havido muito maior probabilidade em ter vencido o duelo.

Concluindo o meu raciocínio: existem pessoas manipuladoras em todo o lado (felizmente, são uma minoria), mas em relação a essas pessoas é necessário adotar uma atitude de observação atenta. Tudo o que dizem e propõem pode ser enganador e com o intuito de nos levar a fazer algo apenas em seu benefício. Há que ter cautela...

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