sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

I ♥ 90's

Embora tenha vivido apenas 5 anos nesta década, foi uma época bastante marcante. E agora pensam vocês “até aos 5 anos? Então do que é que ela se lembra? Só se for de usar a chucha e o biberão…” A verdade é que me lembro de várias coisas. Confesso que por vezes faço uma certa confusão com o fim dos anos 90 e o início dos anos 10. Mas de certo que na história, quando se falar dos anos 90 e se disser, por exemplo, que a música “Thousand Miles” da Vanessa Carlton é desse tempo, quando na verdade é do ano 2000, não será nenhum erro crasso. Provavelmente, só distinguirá este tipo de situações, alguém que se informe previamente sobre a exatidão das datas em questão.

A década de 90, tal como todas as outras já vividas, ficou marcada por várias modas e “manias”. Uma vez que vivi este período apenas nos meus primeiros 5 anos de vida, as recordações marcantes que ficaram na minha memória estão, em grande parte, ligadas ao imaginário infantil.



Game boy Pocket

Lançado em 96, o Game boy Pocket foi o primeiro game boy a sair no mercado. Embora nunca tenha sido uma criança muito ligada a jogos de computador, playstation etc., nunca dispensei uma boa jogatana de Super Mario neste game boy. Era um jogo que se adequava à capacidade de raciocínio de uma criança de 4/5 anos. Andar de um lado para o outro, aos saltinhos, apanhar os cogumelos, saltar em cima dos "maus"... gosto de acreditar que isto foi útil para o meu desenvolvimento cognitivo, embora tenha de fazer um certo esforço para isso...



Pockémon e o respetivo merchandising

A meu ver esta “febre” Pokémon (1997), a qual eu também fui vítima, foi uma das maiores epidemias infantis a que já se assistiu. O produto Pokémon estava em todo o lado: na televisão, em formato de série anime; no toys’r’us com as pockebolas, os bonecos etc., nas lojas de chineses com as imitações de tudo e mais alguma coisa; nos quiosques e papelarias com as cartas. Enfim, esta marca levou a um consumo enorme por parte das crianças (ou, melhor, dos pais das crianças) e, certamente, ao enriquecimento de todos os que contribuíram para a sua criação.


O bombardeamento "POP"

Nesta altura, estava na moda tudo o que era pop. É verdade que ainda hoje há uma certa produção em série deste género de música… Katy Perry, Rihanna, Lady Gaga, Miley Cyrus fazem milhões de músicas e as manobras de marketing levam a que todas elas sejam consumidas. Mas, na minha perspectiva, o pop era ligeiramente diferente do que se ouve agora.

“oops i did it again” e “hit me baby one more time” da Britney Spears, por exemplo, nada tem a ver com a nova música da Rihanna “we found love”. Parece-me que as músicas pop de hoje em dia têm, quase todas, um toque de música electrónica, o que não acontecia com tanta frequência há 10 anos atrás.

Foram várias as bandas/intérpretes POP que estiveram (algumas ainda estão) no auge nesta altura: Sugababes, Shakira, Backstreet Boys, Britney Spears, Destiny's Child, Justin Timberlake, Christina Aguilera, Spice Girls e muitas mais.


Batatoon

Este sucesso nacional, que estreou na TVI em 1996, marcou, sem dúvida, a infância de todas as crianças dos anos 90! Qual é o adolescente dos dias de hoje que não se lembra do Batatinha, do Companhia, do ursinho João, do microgaitas, do comando gigante, da coreografia do “ba-bata-batatoon”, da música do genérico?...

Na verdade, consta que este programa terminou devido a uma discussão, em direto, entre o Batatinha e o Companhia mas não há registos no youtube, nem nada "oficial" que o comprove. Alguém que, um dia, consiga partilhar essa relíquia na internet, vai ser idolatrado para o resto da vida.

Há, sensivelmente, 2 anos, o Batatinha foi entrevistado no 5 para a meia noite e foi-lhe feita a pergunta sobre qual a razão para o batatoon ter terminado. Sem referir nenhuma discussão ou incidente, respondeu:



De facto, é mais confortável responder às perguntas quando se está vestido de palhaço...



Expo


Quando foi inaugurada a Expo, tinha exatamente 3 anos. Tenho várias memórias de estar a passear no teleférico, de ter uns bonecos do Gil e da Docas e, se não me engano, umas t-shirts também ligadas à Expo 98.

Não estou certa de que estas recordações sejam do ano da inauguração. Talvez estas minhas memórias sejam de 1 ou 2 anos depois da "euforia" da Expo. Mas não podia deixar de falar sobre esta fase, uma vez que não só foi importante nos "meus" anos 90, como foi um dos grandes marcos da prosperidade a nível económico vivida nesta
década, em todo o país.

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