AVISO: Qualquer semelhança com a realidade ocorrida no Colégio S. Francisco Xavier ou na Escola Secundária Rainha D. Amélia é pura coincidência.
1. O professor obcecado pelo rigor
Estes professores raramente dão boas aulas. A obsessão pelo
rigor e pelo cumprimento das regras sobrepõe-se a qualquer outro objetivo
dentro da sala de aula.

"A pedir uma caneta ao
seu colega do lado, num volume de 0,02 dessibéis?! Como se atreve?"
"Porque é que não tem as costas num ângulo de 90º com as suas coxas?"
“Posso saber porque é que estão todos a arrumar? Ainda
faltam 2 segundos para terminarmos a aula!”
Este tipo de professores são extremamente
irritantes, diria até que é o género que mais abomino.
O facto de chamarem à atenção por dizermos três palavras num
volume mínimo é mais desestabilizador para a turma do que aquilo que dizemos; termos as costas a 90º durante 90 minutos é uma tarefa quase impossível… e
não são 2 segundos que vão fazer com que saiamos da aula mais
esclarecidos.
2. O contador de histórias
O tipo de professor "porreiraço". Sabemos mais da vida
deles do que as próprias mulheres/maridos.
Nos primeiros 30 minutos da aula explica a razão do seu atraso:
"Desculpem o atraso, meninos, mas hoje fui pôr o Vasquinho à escola. Nem imaginam a birra que ele fez. Tive de ficar lá à espera que a Dona Irene aparecesse para ver se ele me largava. Ele gosta muito da Dona Irene, um dia quando o fui buscar à escola até lhe perguntou se queria vir para casa connosco (...)"
Depois, ao longo da aula vai dizendo pequenos tópicos sobre a matéria, intercalando sempre com apartes sobre a sua vida:
"E foi então que, em 1945, os aliados invadem a Alemanha... Estive lá no ano passado. É um país bonito, mas as minhas filhas não gostaram... Este ano, o meu marido já marcou férias no Brasil (...)"
3. O professor "que se está a lixar"
Chega à aula. De costas para a turma, caneta no quadro e
livro na mão, começa a vomitar matéria. Não quer saber de qualquer tipo de
problema pessoal do aluno. Só se preocupa em “dar o que está estipulado no
programa”.
Uma conversa possível entre um aluno e este tipo de professores:
Aluno: Bom dia professor. Não tenho vindo às aulas porque a
minha casa foi assaltada, assassinaram os meus pais e estive 2 meses em coma.
Professor: Está bem. Traz o atestado médico e começa a
passar as aulas em atraso pelo teu colega.
4. O professor “carismático”
O adjetivo “carismático”, na minha opinião, é o melhor
eufemismo para quando não queremos faltar ao respeito a alguém.
Uma pessoa com carisma é alguém com uma personalidade
vincada. Destaca-se da maioria.
Ser diferente, ter atitude e personalidade muitas vezes é
positivo, mas quando se é professor há uma linha muito ténue que separa o
carisma do ridículo.
E agora perguntam vocês… “Mas porque é que com os
professores é diferente? São criaturas extraterrestres?”
Quase.
O que acontece é que um professor tem a chata tarefa de
estar a falar para 30 jovens entediados.
Os jovens já por si só têm vontade de se divertir e rir por
mais pequeno que seja o motivo. Se o professor estiver constantemente a mandar
piadas secas, a contar histórias sem relevância nenhuma para a aula e a ter
atitudes exageradas para determinadas situações, será quase inevitável que
esses 30 jovens entediados deixem passar esse “professor carismático”
despercebido.
5. O professor ideal
Sim, também há bons professores. Eu já tive a sorte de me
cruzar com alguns.
Estes professores conseguem estabelecer com os alunos os
devidos limites e não o fazem pelo caminho do medo, mas sim pelo respeito
mútuo.
É muito difícil que haja aulas sem qualquer tipo de
incidentes, mas se os alunos estiverem verdadeiramente interessados naquilo que
o professor está a dizer (e isso depende bastante da maneira como é
transmitido, e não só do conteúdo daquilo que é dito), a probabilidade de haver “conversas
paralelas”, de que tanto os professores se queixam, é bastante menor.
Eu acho que cada aluno tem o seu género de professor
favorito.
No meu caso, o meu professor ideal é aquele que consegue
fazer com que eu não dê pelas horas passar dentro da sala, que faça com que eu
chegue às vésperas dos testes e não tenha que marrar intensivamente porque o
que ouvi nas aulas foi suficiente, que
não seja obsessivo com o rigor e com as regras na sala, que nos coloque à
vontade para expormos as nossa dúvidas… ah… e que cumprimente os alunos nos
corredores, acho que fica sempre bem.
Sem comentários:
Enviar um comentário