sábado, 21 de abril de 2012

A difícil escolha de uma área, curso...

 “Áreas, cursos, escola, estudo… Acho que vou mas é voltar para o facebook...” é o que provavelmente estás a pensar.

Eu acho que este é um tema sobre o qual grande parte dos jovens do ensino secundário anda a refletir e, por isso, interessante para fazer uma abordagem aqui no blogue. É claro que é um assunto que deve ocupar 5 a 10% do cérebro da maioria dos jovens mas não deixa de ser significativo.
                                          
Há um ano fui obrigada a optar por uma área. Com 14 anos tive de tomar uma decisão que, à partida, me iria eliminar algumas hipóteses futuras na escolha do curso, tendo em conta que o objetivo seria seguir um caminho “normal”, sem mudanças de área.

Desde então, nos últimos dois anos, sofri alterações: mudei a minha visão geral sobre assuntos, pessoas, modos de agir; alterei gostos, hábitos e interesses. Nesta situação encontram-se outros milhões de jovens. Todos nós tivemos de escolher uma área numa altura em que os nossos interesses se estavam a (trans)formar.

Arrependimentos de escolhas tomadas, muitas vezes seguidos da decisão de uma mudança de área são bastante frequentes. Não é nenhuma catástrofe, é certo, mas há que admitir que é uma situação pouco agradável.

No 9º ano fiz os testes psicotécnicos. Os meus interesses guiavam-me para humanidades, mas economia era uma área que não conseguia pôr de parte. Vários cursos “de letras” que eu poderia achar interessantes em humanidades, também os poderia seguir se escolhesse a área de economia, já o inverso não se verificaria em vários casos. Depois de analisar todos os prós e contras, decidi, então, ir para economia.

Embora, por vezes, não me identifique muito com o que envolve folhas aos quadradinhos, raízes quadradas e afins não me sinto totalmente arrependida pela área que escolhi. 

Agora estou no 11º ano, a um ano de entrar para a faculdade, e estou a ter de tomar novamente uma decisão que irá decidir o que andarei a estudar durante cerca de cinco anos e o curso com que explorarei o mercado de trabalho.

A escolha de um curso/faculdade requer alguma ponderação:

Será que tenho média suficiente?

Devo considerar o número de desempregados licenciados em determinados cursos, ou apenas os meus gostos e interesses?

Dou prioridade ao curso ou à localização da faculdade? (nós, lisboetas, raramente nos deparamos com esse problema)

Há que considerar estes (e outros) aspetos. Apesar de ser uma decisão importante, é preciso ter em conta que há sempre a possibilidade de mudar de curso (embora, tal como referi há pouco, seja chato) e, acima de tudo, não deixar que influenciem a nossa escolha.

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