Eu acho que este é um tema sobre o qual grande parte dos
jovens do ensino secundário anda a refletir e, por isso, interessante para
fazer uma abordagem aqui no blogue. É claro que é um assunto que deve ocupar 5 a 10% do cérebro da maioria dos jovens
mas não deixa de ser significativo.
Há
um ano fui obrigada a optar por uma área. Com 14 anos tive de tomar uma decisão
que, à partida, me iria eliminar algumas hipóteses futuras na escolha do curso,
tendo em conta que o objetivo seria seguir um caminho “normal”, sem mudanças de
área.
Desde
então, nos últimos dois anos, sofri alterações: mudei a minha visão geral sobre
assuntos, pessoas, modos de agir; alterei gostos, hábitos e interesses. Nesta
situação encontram-se outros milhões de jovens. Todos nós tivemos de escolher
uma área numa altura em que os nossos interesses se estavam a (trans)formar.
Arrependimentos
de escolhas tomadas, muitas vezes seguidos da decisão de uma mudança de área
são bastante frequentes. Não é nenhuma catástrofe, é certo, mas há que admitir
que é uma situação pouco agradável.
No
9º ano fiz os testes psicotécnicos. Os meus interesses guiavam-me para
humanidades, mas economia era uma área que não conseguia pôr de parte. Vários
cursos “de letras” que eu poderia achar interessantes em humanidades, também os
poderia seguir se escolhesse a área de economia, já o inverso não se
verificaria em vários casos. Depois de analisar todos os prós e contras,
decidi, então, ir para economia.
Embora,
por vezes, não me identifique muito com o que envolve folhas aos quadradinhos,
raízes quadradas e afins não me sinto totalmente arrependida pela área que
escolhi.
Agora
estou no 11º ano, a um ano de entrar para a faculdade, e estou a ter de tomar novamente uma decisão que irá decidir o que
andarei a estudar durante cerca de cinco anos e o curso com que explorarei o
mercado de trabalho.
A
escolha de um curso/faculdade requer alguma ponderação:
1º
Será que tenho média suficiente?
2º Devo considerar o número de desempregados licenciados em determinados cursos, ou apenas os meus gostos e interesses?
2º Devo considerar o número de desempregados licenciados em determinados cursos, ou apenas os meus gostos e interesses?
3º Dou prioridade ao curso ou à localização da faculdade? (nós, lisboetas,
raramente nos deparamos com esse problema)
Há que considerar estes (e outros) aspetos. Apesar de ser uma decisão importante, é preciso ter em conta que há sempre a possibilidade de mudar de curso (embora, tal como referi há pouco, seja chato) e, acima de tudo, não deixar que influenciem a nossa escolha.
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