Quem nunca ouviu uma boa conversa num autocarro? Ouve-se de tudo... bitaites sobre a a economia do país: "ah isto tá tudo muito mau!" ou, ainda mais frequente, sobre os políticos no geral: "só querem é meter ao bolso! esses aldrabões!"... e o clássico comentar sobre o tempo "isto 'tá com cara que vai chover amanhã..." enfim... há um pouco de tudo para todos os gostos... Mas, a meu ver, não é o tema da conversa que capta a atenção do auditório, na verdade são os locutores da história que têm todo o mérito: a forma como se expressam, a aparência, os gestos, o tom de voz (que tem de ser audível ao restante público, senão 'chapéu')... tudo isso conta!
Tendo em conta todos estes parâmetros, é possível colocar num pódio as três melhores espécies de locutores portugueses.
Em 3º lugar - os jovens mitras no geral
Falam alto, interagem com todas as pessoas e, o melhor de tudo, não se calam nem baixam o volume da conversa se repararem que estamos a ouvir. Mas há um senão que os coloca em último lugar neste pódio: os mitras não têm propriamente temas de conversa (percetíveis, pelo menos)... Balbuceiam coisas como "hey puto põe aí kel som!" ou "vais apanhar oh bruno!", que levam a discussões interessantes.
Em 2º lugar - os idosos (com mais de 65 anos)
Neste lugar estão incluídos ambos os sexos mas, parecendo que não, os assuntos que são abordados entre os dois géneros são totalmente diferentes. As típicas velhotas portuguesas não dispensam uma boa conversa com a vizinha, seja ela sobre o mundo cor-de-rosa, família, doenças, etc. Já os velhotes não conseguem resistir à tentação de comentar uma frase sobre futebol ou política. Basta alguém dizer "então e o nosso benfica?" ou "este primeiro-ministro...", que começa logo um vomitanço de opiniões, críticas, tudo e mais alguma coisa!
Mas aos velhotes falta um ingrediente essencial: o tom de voz. Se forem velhotes habituados a ambientes barulhentos como feiras, mercados etc., CINCO ESTRELAS! Mas há sempre os velhotes mais acanhados que só querem mesmo que a conversa seja ouvida pela pessoa com quem estão a falar (que disparate!).
Tendo em conta todos estes parâmetros, é possível colocar num pódio as três melhores espécies de locutores portugueses.
Em 3º lugar - os jovens mitras no geral
Falam alto, interagem com todas as pessoas e, o melhor de tudo, não se calam nem baixam o volume da conversa se repararem que estamos a ouvir. Mas há um senão que os coloca em último lugar neste pódio: os mitras não têm propriamente temas de conversa (percetíveis, pelo menos)... Balbuceiam coisas como "hey puto põe aí kel som!" ou "vais apanhar oh bruno!", que levam a discussões interessantes.
Em 2º lugar - os idosos (com mais de 65 anos)
Neste lugar estão incluídos ambos os sexos mas, parecendo que não, os assuntos que são abordados entre os dois géneros são totalmente diferentes. As típicas velhotas portuguesas não dispensam uma boa conversa com a vizinha, seja ela sobre o mundo cor-de-rosa, família, doenças, etc. Já os velhotes não conseguem resistir à tentação de comentar uma frase sobre futebol ou política. Basta alguém dizer "então e o nosso benfica?" ou "este primeiro-ministro...", que começa logo um vomitanço de opiniões, críticas, tudo e mais alguma coisa!
Mas aos velhotes falta um ingrediente essencial: o tom de voz. Se forem velhotes habituados a ambientes barulhentos como feiras, mercados etc., CINCO ESTRELAS! Mas há sempre os velhotes mais acanhados que só querem mesmo que a conversa seja ouvida pela pessoa com quem estão a falar (que disparate!).
And the winner is...... os ciganos! Não tenho qualquer tipo de racismo associado a este grupo étnico, aliás, até lhes fico muito grata quando me tiram o tédio a caminho de casa, no autocarro 760 (o melhor sítio para se ouvir uma boa conversa). Falam alto, abordam todos os temas e têm opinião sobre tudo e mais alguma coisa! São, sem dúvida, um grupo merecedor deste 1º lugar.
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